A psicomotricidade por sua vez e o movimento encarado na sua realização como atividade do organismo total, expressando a personalizabilidade de seu todo. A ação e vivida no seu desenvolvimento para uma meta. O desenvolvimento do ato implica num funcionamento fisiológico, mas não se limita a soma de contrações musculares, pois constitui também a tomada de consciência.
A única forma de entender a função da psicomotricidade: O exercício dos órgãos dos sentidos e da sensações proprioceptivas que surgem do movimento corporal e o que faz o com o bebê, por exemplo, tome consciência de si mesmo, de seus segmentos corporais, de sua projeção no espaço, para poder chegar a elaboração mental do gesto que deve realizar na execução de uma ação, eliminando ou corrigindo os movimento desnecessário para obter sucesso. A construção do esquema corporal e, pois, condição “sine qua non “ para a consecução do ato motor voluntario. Sua progressiva evolução põe em exata relação de correspondência sua situação espacial (seguindo as referências perceptivas recebidas do exterior) com a realização do gesto (seguindo suas intenções motoras). Entretanto, o esquema corporal não e algo fixo, estático ou imutável. Uma vez adquirido, não envolve somente a imagem corporal em repouso, já que também acrescenta ao mesmo uma contínua progressão de movimentos aperfeiçoados e modificados. A criança, progressivamente, se descobre através de sua atividade corporal global ou instintiva a princípio, diferenciada e intencional depois, e esta atividade lhe permite descobrir o mundo que a rodeia. Um esquema corporal mal definido, de acordo com costallat (1973) acrescenta um deficit de relação sujeito-mundo exteriores, que se traduz, como assinala Lê Boulch (1972), sob o plano. Da percepção - deficit da estruturação espácio-temporal Da motricidade - Deficiência, incoordenação nas atividades, e Da relação com o outro — Insegurança nas relações com o outra incidência sobre o plano relacional. Pelo contrário, uma boa estruturação e utilização do esquema corporal, segundo afirma Defontaine (1978)“ contribui diretamente a adaptação do sujeito no espaço e no tempo, contribuindo para uma disposição corporal mais adequada para a realização das diferentes atividades.
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